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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

DICAS PARA COMPRAR IMÓVEIS

O consumidor deve pensar na localização e características do local em que irá morar. Algumas dicas:

  • A região escolhida deve atender as suas necessidades e as da sua família. Analise o tempo que vai demorar para chegar ao trabalho;
  • Supermercados, padarias, parques, shopping centers, colégios e clubes próximos facilitam deslocamentos diários;
  • Procure regiões de fácil acesso, com opções de meios de transporte público que serão utilizados por você, seus filhos e/ou por empregados da casa;
  • Dê preferência a uma região já estabilizada para não ter surpresas posteriores. Algumas áreas estão em transição e empresários aproveitam para instalar bares e casas noturnas, que são bastante indesejadas pelos moradores.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

COPA 2014

Não importa a profundidade das repercussões da crise financeira internacional sobre o Brasil, o país tem compromissos com investimentos de vulto: a preparação para a Copa do Mundo de 2014. Estimativas preliminares indicam que, apenas dos cofres públicos, o evento consumirá em torno de R$ 10 bilhões. Mas, antes de ser uma preocupação, o mundial de futebol é ferramenta para o crescimento. Em média, tem impulsionado em 1,5% o PIB (soma das riquezas produzidas internamente) das nações que o sediam.

Trata-se, pois, de mais uma janela de oportunidades que se abre ao Brasil, um antídoto extra em momento de recessão rondando a economia mundial. Calcula-se, por exemplo, que atraia cerca de 500 mil visitantes, incremento equivalente a 10% do fluxo de um ano inteiro. Para recebê-los, obras precisarão ser disseminadas em várias frentes e cidades, abrangendo do setor hoteleiro ao de transportes (rodovias, aeroportos, ferrovias), de telecomunicações a saneamento básico e segurança, sem contar a construção de pelo menos 10 monumentais estádios.

Entre outros benefícios, Brasília, por exemplo, deverá ganhar uma linha de veículos leves sobre trilhos, interligada ao metrô, que irá do aeroporto à W3 e ao Estádio Mané Garrincha. Os projetos prevêem, ainda, a interligação do Rio de Janeiro a São Paulo, passando por Campinas, por trem de alta velocidade. São obras de infra-estrutura de caráter permanente, de interesse da população, um salto no desenvolvimento nacional. Melhor: com grande oferta de mão-de-obra durante a fase de execução e mais alguma posteriormente, na operação e manutenção.

Até 31 de março, as 12 cidades brasileiras que receberão jogos serão anunciadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A partir daí, o governo federal definirá as áreas prioritárias para investimentos públicos. Serão aproveitados projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que já estão sendo definidos pela Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib). Contudo, recomenda-se que seja seguido o exemplo de países como a Alemanha, que financiou apenas um terço das obras e usou o forte apelo do milionário evento para formar parcerias com a iniciativa privada.

Vale lembrar, a propósito, os Jogos Pan-Americanos de 2007, realizados no Rio de Janeiro. Na ocasião, questões políticas e partidárias influenciaram a coordenação dos trabalhos entre os três níveis de governo e o resultado foi que o ônus maior das despesas sobrou para a União. Deve-se tirar lições positivas dessa má experiência. Por fim, seria louvável se o Palácio do Planalto formasse uma equipe para centralizar o comando das iniciativas do Executivo, a fim de não ver frustrada a oportunidade de promover o avanço do país

CONSTRUINDO RELACIONAMENTO

Pouco depois do início das obras do apartamento que acabara de comprar, o engenheiro Ulysses Lua Moraes Jr. resolveu fazer um ronda pela rua da construção. Encostou o carro em frente ao terreno e ficou namorando a obra de longe. Não demorou muito tempo, foi abordado por um engenheiro que estava ali de plantão. O sujeito se apresentou como Eli e perguntou se o futuro morador precisava de alguma coisa. "Fiquei surpreso com a iniciativa e a prontidão do funcionário", diz Moraes Jr. "Ele inclusive, se ofereceu para me acompanhar numa visita".

A atitude do engenheiro Eli é fruto de um projeto que, nos últimos tempos, está ganhando força na construtora Tecnisa, de São Paulo: o de encantar o cliente. O plano de sedução não consiste, no entanto, em fisgar potenciais compradores. Trata de tentar encantar os que já são clientes - atitude não muito comum no universo das construtoras. "Geralmente as construtoras gastam milhões na fase de convencer o cliente e, depois, passam a tratá-lo como se fosse um estorvo", diz Romeo Busarello, diretor de marketing da Tecnisa. Há dois anos, Busarello - que também é professor da pós-graduação na Escola Superior de Propaganda e Marketing, de São Paulo - foi contratado para dar uma força à marca da empresa. "Éramos uma empresa justa, mas sem molho", diz ele. "Todos pensavam com cabeça de engenheiro e, bastava ser correto para ser bom. Faltava desenvoltura mercadológica".

O primeiro passo foi descobrir quais valores permeavam os corredores da companhia. Seis meses depois de estuda-la, a equipe de Busarello começou a disseminar o conceito de "mais construtora por metro quadrado" entre os 512 funcionários. O passo seguinte foi criar novas formas de relacionamento com o cliente. No lugar do antigo SAC, foi criada uma área de contato com o cliente, com a proposta de ser mais proativa. A estrutura de CRM foi aprimorada e hoje os atendentes da Tecnisa têm acesso ao histórico de contatos do cliente e podem tentar registrar, pelo tom de voz, seu estado emocional. "Se percebermos que a pessoa do outro lado da linha está insatisfeita, alguém da diretoria será acionado para conversar com ela no próximo contato", diz Busarello.

Também foi criada uma personagem fictícia de relacionamento com o público, a Patrícia Guimarães. A idéia é que cada comprador tenha 39 contatos com a Patrícia durante os dois anos da obra. É ela quem assina as cartas informativas da empresa e manda pequenos mimos ao dono do imóvel. O primeiro é enviado 72 horas após a assinatura do contrato: uma caixa com uma garrafa de champanhe, duas taças e trufas de chocolate. Depois de dez dias, ele recebe uma pasta para colocar todos os documentos relacionados à compra. Para simbolizar o início da construção, a Tecnisa envia um par de luvas e um capacete para ser usados em visitas à obra. "Entendemos a preocupação do cliente em saber onde está colocando o dinheiro dele. Diz Busarello. "Esses contatos são justamente para controlar a ansiedade".

O empresário Antonio Carlos Deodato é um desses ansiosos típicos. Costuma passar em frente à obra do apartamento que comprou, no bairro do Brooklin, a cada 15 dias para acompanhar a altura das paredes. Não satisfeito, fiscaliza a construção também pela internet. "Já tenho intimidade com o engenheiro da Tecnisa e estou surpreso com o atendimento". Diz Deodato. "Quando fui visitá-lo no escritório, havia uma placa com o nome da minha mulher e o meu na recepção". Colocar plaquinhas com o nome dos proprietários, fazer uma sala especial no local da obra com direito a flores, água, café e agendar quantas visitas o comprador quiser... tudo isso faz parte do jogo. "Se o cliente vai a uma churrascaria e é mimado porque pagou 39 reais, o que ele vai esperar na compra de um imóvel de 300.000?", diz Busarello.

O plano de marketing da Tecnisa inclui ações voltadas para os vizinhos. Eles recebem brindes da empresa, informações sobre horário das obras e sobre os cuidados com a limpeza da calçada. Recebem também um endereço eletrônico para reclamações. A empresa decidiu ainda dar atenção especial às mulheres. "Nossa pesquisas detectaram que 94% das decisões de compra são feitas por elas, e 36% das inscrições estão no nome de uma mulher", diz Busarello. O cuidado com o público feminino explica a preocupação da Tecnisa em cuidar da jardinagem nos estandes de venda e em colocar sempre o nome da mulher em primeiro lugar nas correspondências enviadas a casais.

Mesmo com essa ofensiva, a equipe da Tecnisa não está livre de reclamações. Ainda há clientes e vizinhos que não hesitam em ligar ou enviar e-mails reclamando do atendimento. Algumas vezes, com razão. "Percebemos que, apesar de todo o esforço, podem acontecer problemas lá na ponta. Já houve, por exemplo, o caso de um funcionário que pisou na bola e fez o cliente esperar mais de 1 hora para ver o apartamento", diz Busarello. "Por isso, estamos investindo no treinamento interno, dos executivos aos operários nas obras". Ele atribui o crescimento da Tecnisa nos últimos anos, às ações de marketing.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Compra pela internet

Quem planeja comprar um imóvel sem juros por meio do consórcio pode contratar o serviço sem sair de casa. A Caixa Consórcios permite a aquisição de cotas pela Internet, no site www.caixaconsorcios.com.br, no link 'Compre Aqui'. Também é possível imprimir o boleto para pagamento e fazer simulações. No modelo, a contemplação acontece por sorteio ou lance. Nesse caso, o consorciado pode usar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ou recursos próprios para adquirir o bem mais rápido.

Agora, com a Lei de Consórcios (Lei n°11.795, de 8 de outubro de 2008), quem tiver um financiamento imobiliário poderá quitá-lo com a carta de crédito do consórcio, desde que o valor seja igual ao saldo devedor. A nova medida só valerá se o contrato habitacional e o consórcio estiverem no nome da mesma pessoa. Na prática, significa trocar uma dívida mais cara (com juros) por uma sem juros. O sistema de consórcio tem crescido bastante no País. Atualmente, são 3,6 milhões de participantes ativos, em todos os segmentos (imóveis, veículos e eletroeletrônicos). O setor de imóveis é um dos que mais se destacam. Para se ter idéia, os grandes bancos já oferecem a modalidade.

Na lista do Banco Central, responsável por fiscalizar o sistema, das 10 maiores administradoras do País, o Bradesco ocupa o primeiro lugar, com 139.841 participantes somente no segmento imobiliário. A Caixa Consórcios ocupa a segunda posição 107.682 consorciados.

Para participar do sistema, o interessado deve pesquisar a taxa de administração e se a administradora está autorizada a operar pelo BC. Mais informações podem ser obtidas no site www.bcb.gov.br ou www. abac.org.br. Outra opção é a central de atendimento do BC: 08009792345.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Receita simplifica e agiliza liberação de CND de obra de construção civil

Novo procedimento alcança as empresas com escrituração contábil regular

A Receita Federal do Brasil baixou a Instrução Normativa 910/09, que agiliza a obtenção da Certidão Negativa de Débitos (CND) e da Certidão Positiva com Efeitos de Negativa (CPD-EN) de obra de construção civil, através da simplificação e desburocratização dos procedimentos de liberação do documento para os contribuintes com contabilidade regular. A RFB estima que o tempo médio de atendimento deve ser reduzido das atuais 3 horas para no máximo 30 minutos.

Com a nova regra, que altera a Instrução Normativa MPS/SRP nº 3, de 14 de julho de 2005, os responsáveis pela obra precisarão apresentar somente a Declaração e Informação sobre Obra da Construção Civil - DISO; a prova de que a empresa possui escrituração contábil regular; e a Planilha com relação de prestadores de serviços, quando houver mão-de-obra terceirizada. A fiscalização da RFB realizará posteriormente auditorias específicas sobre as informações prestadas.

No momento da solicitação da certidão o sistema informatizado da RFB verificará, mediante consulta aos dados da empresa, se houve a entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (GFIP), se há divergência entre os valores declarados na GFIP e os efetivamente recolhidos e se há débitos que impeçam a emissão da CND ou da CPD-EN. Não havendo pendências, o contribuinte recebe a sua CND ou CPD-EN imediatamente.

Em resumo, a IN revoga os dispositivos que previam a obrigatoriedade de comprovação de que a remuneração dos segurados contida em GFIP fosse equivalente a, no mínimo, 70% do valor da remuneração contida em nota fiscal de serviço ou contrato.(art. 477 da IN 3). Outra modificação introduzida com a IN dispõe que, para a expedição do Aviso de Regularização de Obra-ARO o servidor deverá conferir os documentos apresentados com os declarados na DISO somente das pessoas jurídicas SEM CONTABILIDADE REGULAR e das pessoas físicas. (art. 431 da IN 3).

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Edifício 360º

Quem pensa que arquitetos brasileiros não se destacam ao redor do mundo, se enganam ao se depararem com Isay Weinfeld, vencedor do prêmio internacional Future Projects Awards, da revista inglesa de arquitetura Architectural Review. Seu projeto consiste em um prédio residencial nomeado de Edifício 360º, que só começará a ser construído daqui a quatro meses.

Weinfeld não se dando por satisfeito, ainda desbancou outros grandes nomes internacionais, garantindo também na sua coleção o "overall winner", vencendo com o melhor projeto entre todas as categorias. Criada a sete anos, a premiação nunca foi vencida por um brasileiro, e agora não mais elegendo somente obras realizadas ou em construção, surgem grandes destaques de idéias arrojadas.

Visando o crescimento do próprio país, Weilfeld além de ter participado na criação do Hotel Fasano, Livraria da Vila e a recém-inagurada loja das Havaianas (nos Jardins), traz para a zona oeste de São Paulo mais uma de suas obras geniais, "mais importante do que o prêmio é mostrar para as grandes incorporadoras de São Paulo que é possível fazer algo diferente".

De fachadas de vidros azuis e com 60% dos apartamentos vendidos em quadro meses, o Edifício 360º é um forte candidato a se tornar um novo simbolo para a cidade. As quatro fachadas são formadas por caixas acopladas à estrutura, criando assim um ritmo assimétrico, diferente dos modelos predominantes em demais edificações. Apesar do seu lançamento em outubro em plena crise econômica mundial, o resultado de vendas está muito acima do esperado pelo mercado.

O prédio residencial consiste em três diferentes dimensões de apartamentos, variando entre 130 m², 170 m² e 250 m², que custam de R$ 550 mil a R$ 1,5 milhão. O segredo do sucesso de vendas foi o tempo dedicado ao estudo do projeto, para poder torná-lo viável sem custos muito altos. As caixas serão pré-moldadas ao invés de concretadas diretamente na estrutura, o que manteve o preço em torno de US$ 2 mil por m², que comparado aos termos mundiais, está relativamente baixo. Apostando na valorização da obra, os próprios investidores e não moradores já adquiriram um quarto dos apartamentos até então disponíveis, e com a premiação do projeto, os mesmos não irão se decepcionar.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O Brasil em Dubai

Uma obra feita de mar, areia e muitos milhões de dólares. Este é o The World, um arquipélago composto por mais de 300 ilhas artificiais nos moldes dos seis continentes, formando um gigantesco mapa-múndi de 232 km de costa. Exagero? Não em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde o extraordinário se torna meramente razoável.

The World, vai de vento em popa e as áreas correspondentes a São Paulo, Bahia e Brasília já foram vendidas para um grupo indiano

O projeto não é novo. Revelado em maio de 2003 pelo Sheikh Mohammed (atual primeiro-ministro e vice-presidente dos Emirados), o The World causou furor à época por levar ao extremo o conceito de construção artificial de arquipélagos. Hoje, 386 milhões de toneladas de rocha depois e a primeira fase já concluída, a obra continua a surpreender o mundo pela engenhosidade e ambição humanas, traduzidas para a realidade sob a tutela da gigante Nakheel - corporação imobiliária com 1.800 funcionários que hoje desenvolve outras obras de igual calibre, como a Palm Trilogy e o Dubai Waterfront, maior projeto de canais e ilhas já efetuado pela mão do homem.

No The World, a palavra de ordem é exclusividade. O proprietário de cada “país” poderá fazer do seu terreno um pedaço particular de paraíso, incrementando, a gosto, seja um campo de golfe, um condomínio paratoda a família, ou mesmo um castelo no estilo medieval. Os lotes dentro de cada continente estão à venda desde 2007 – o que vem atraindo uma enxurrada de endinheirados e celebridades, inclinados a disputar, no bolso, cada pedaço do ‘mundo’.

por sinal, já tem dono: o heptacampeão mundial de Fórmula 1 Michael Schumacher, presenteado pelo Sheikh com uma parte do “Ártico” – estimada em US$ 7 milhões. Especulou-se ainda que o cantor britânico Rod Stewart teria desembolsado US$ 33 milhões pelo espaço equivalente à sua terra natal, a Grã-Bretanha; boato que foi desmentido no mês passado com a compra do terreno de 11 acres por um grupo de 10 investidores irlandeses, encabeçados pelo famoso empreiteiro John O´Dolan, da O´Dolan International.(Confira outros exemplos aqui).

Localizado a 4km da costa de Dubai, esse mundo em miniatura atrai pelo paradoxo: longe da dura realidade em escala terrestre - onde a pobreza só aparece em revistas, livros e aparelhos televisivos -, o The World ao mesmo tempo mergulha nos avanços tecnológicos e se aproxima de um futuro reservado ainda a poucos mortais, como o sistema de posicionamento global para rastrear os iates dos moradores, ou mesmo os quatro hangares centrais, que, como mini-aeroportos, devem em breve encurtar as distâncias de um continente ao outro e do arquipélago até o emirado.

A um custo total estimado em US$ 14 bilhões, o arquipélago virou um dos ícones mais badalados de Dubai. Prova de tanta fama se pode sentir na procura - com mais de 70% das ilhas vendidas, o The World já anunciou suas próximas ofertas. Os preços variam entre US$ 15 milhões e US$ 50 milhões, embora um dos terrenos (ainda sem dono) esteja avaliado em inacreditáveis US$250 milhões. Para gente com tanto dinheiro, pelo visto, nem mesmo o mundo é o bastante.

Plano para moradias populares terá fundo garantidor

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o governo pretende criar um fundo garantidor de R$ 500 milhões para assegurar o pagamento de empréstimos de moradias populares.

"O fundo é para garantir o pagamento da prestação caso o mutuário tenha em um mês ou outro de dificuldades, se ficar desempregado ou perder a receita", disse.

Os recursos para o fundo, que será administrado pelo Ministério da Fazenda, serão oriundos do Orçamento da União.

Segundo o ministro, o impacto da criação do fundo será pequeno, se comparado aos recursos disponíveis no orçamento. O valor deverá ser recuperado em 20 anos. A meta do governo é financiar 1 milhão de novos imóveis até 2010.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Inpar aprova novo sócio

Os acionistas da Inpar aprovaram a proposta de aumento de capital no valor de R$ 180 milhões. O fundo norte-americano Paladin se comprometeu a fazer o aporte, ao preço de R$ 1,75 por ação, e pode ficar com até 52% do capital da incorporadora.
Fonte: Gazeta Mercantil

Falta apartamento de um quarto no mercado

Tem cada vez mais gente procurando e menos construtoras investindo nesse tipo de imóvel. Hoje, nas duas maiores cidades brasileiras, de cada 100 lançamentos apenas dois são de um quarto

Atualmente, no mercado imobiliário brasileiro, um determinado tipo de apartamento tem sido muito disputado nas cidades grandes: o quarto e sala.

Os apartamentos de um dormitório estão se tornando artigo raro, porque há uma conta que não fecha no mercado imobiliário: tem cada vez mais gente procurando e menos construtoras investindo nesse tipo de imóvel. Hoje, nas duas maiores cidades brasileiras, de cada 100 lançamentos apenas dois são de um quarto.

No Rio, entre os mais de 11 mil novos apartamentos, só 252 são de um quarto. Em São Paulo, mais de 60 mil lançamentos, apenas 1.540 tem um dormitório.

Enquanto isso, cresce o número de brasileiros que moram sozinhos: em uma década, quase dobrou. Com essa tendência, quem tem um apartamento usado para alugar fecha negócio rapidamente. No Rio, 85% dos imóveis de um quarto anunciados são ocupados em menos de um mês. Para venda, hoje, não adianta nem procurar.

“Atualmente, a gente não tem nenhum apartamento de um quarto no nosso site para venda”, afirmou Pedro Carsalade, da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis.

O estudante Ygor Oliveira está tentando morar perto do trabalho e da faculdade para não ter que enfrentar horas no trânsito todos os dias. Tem que ser um quarto e sala porque é mais barato, mas depois de três meses olhando os classificados, ainda é obrigado a recorrer a um plano B.

“Os amigos já estão avisados, duas vezes na semana o telefone já toca: ‘Preciso de abrigo’. Vamos ver se a gente acha esse apartamento com perfil de universitário”.

No ano passado, enquanto o mundo inteiro começava a sentir as consequências da crise no setor imobiliário dos Estados Unidos, aqui no Brasil o número de imóveis financiados batia um recorde histórico. Foram quase 300 mil unidades. O volume de dinheiro que foi emprestado a centenas de milhares de mutuários brasileiros chegou a R$ 30 bilhões em 2008. Em relação ao ano anterior, foi um aumento de 64%.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Negociação Difícil na China

Proprietários se recusam a autorizar a demolição da casa, a última que restou na área onde deverá ser construído um conjunto de apartamentos, em Chongqing, região central da China. Segundo a imprensa local, os donos da moradia querem uma oferta melhor para deixar o local Reuters

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Construção de casas populares atende o urgente e o importante, diz Secovi

Na opinião do presidente do Secovi (Sindicato da Habitação), a construção de casas populares é uma medida que atende o que é urgente, como a geração de empregos neste momento de crise, e o que é importante, como a diminuição do déficit habitacional existente no Brasil.

"O setor de construção civil é, junto com a agricultura, um dos maiores geradores de empregos do país. Portanto, a construção de casas populares é uma medida pontual, que ajuda a combater a crise, e também estrutural, pois auxilia no combate ao déficit de moradias, que existe hoje no Brasil e vai continuar existindo, mesmo quando passar a crise", disse.

Medidas importantes
De acordo com o Secovi, o déficit habitacional brasileiro gira em torno de 8 milhões de moradias populares. Para resolver o problema, além da construção de unidades habitacionais voltadas para a população carente e de baixa renda, como as 500 mil casas a serem construídas, conforme anunciado, na última terça-feira (3), pelo presidente Lula, é importante que o governo tome outras medidas estruturais.

Dentre estas, segundo Crestana, destacam-se a desoneração tributária, a criação de uma espécie de fundo de garantia, que proteja, por um período pré-determinado, mutuários de financiamentos imobiliários que eventualmente percam o emprego, além da oferta de subsídios para famílias com renda de até cinco salários mínimos.

"Em uma casa, por exemplo, que custa R$ 50 mil, cerca de R$ 15 mil são impostos. É inconcebível que imóveis destinados à habitação popular paguem este tanto de impostos. Aliás, este tipo de imóvel não deveria pagar nenhum tipo de imposto."

Crestana disse ainda que o setor aguarda com ansiedade as medidas estruturais para estimular o setor, prometidas pelo governo. As providências deveriam ter sido anunciadas no final do mês de janeiro. A expectativa, agora, é que sejam divulgadas até a próxima semana.

Medidas Urgentes
No que diz respeito às medidas que objetivam atenuar os efeitos da crise financeira internacional, o presidente do Secovi avalia como positivas as soluções apresentadas pelo governo até então.

Além disso, ele acredita que ações implementadas antes da crise hoje ajudam o país a passar pelo atual cenário econômico. Como destaque, ele cita o PAR (Programa de Arrendamento Residencial), que também visa ao longo prazo.

Criado em 1999, o programa permite às famílias com renda de até R$ 1.800 alugarem um imóvel com mensalidades inferiores ao aluguel praticado na região e, depois de determinado período, transformarem este contrato de aluguel em um contrato de compra e venda.

"Neste momento, ele é uma alternativa interessante, pois ajuda a combater os riscos trazidos pela crise e dá um apoio para que o setor continue funcionando e atenda a população de baixa renda, não só agora, mas também nos próximos 20 anos."

Brasileiro de alta renda foi o que mais deixou de comprar imóvel, diz SindusCon SP

Os brasileiros com maior poder aquisitivo foram os que mais deixaram de comprar imóveis depois que a crise financeira se instaurou no País. De acordo com o vice-presidente de imobiliário do SindusCon-SP (Sindicato da Construção), Odair Senra, os empreendimentos de alto padrão foram os que mais registraram queda nas vendas.

"É natural que os produtos de maior valor fiquem mais parados, porque quem vai comprar um apartamento entre R$ 700 mil e R$ 1,5 milhão, por exemplo, via de regra, já mora bem. Essa pessoa quer melhorar de apartamento, de localização, mas não está precisando mudar. E, dentro de uma crise, esse segmento naturalmente é o mais afetado".

Senra explica que os imóveis de captação popular são os que apresentam mais movimento diante desse cenário. "Os imóveis mais populares, que custam menos de R$ 100 mil, continuam tendo demanda sem dúvida nenhuma, claro que, com financiamento, mas tem. Tanto que o governo está preparando um plano que deve incentivar bastante a compra desse tipo de imóvel".

Crédito
Quanto à oferta de crédito, Senra afirma que há uma pressão bastante grande para que os bancos não mudem suas ações em relação aos financiamentos. "Eles não têm motivo para mudar, para dificultar a concessão, porque esses financiamentos são concedidos com recursos internos, dinheiro de poupança e não têm nada a ver com dinheiro interno".

Ainda de acordo com o vice-presidente, não falta crédito no mercado, o que há é um efeito psicológico. "O que existe é uma paralisia psicológica. As pessoas acham que não há crédito e não vão atrás. Mas, na área de crédito imobiliário, pouco mudou desde o início do ano passado. Talvez os bancos estejam mais rigorosos na avaliação do solicitador, mas eles continuam financiando".

E completa: "Se houver um apartamento e a documentação estiver correta, não há dúvidas, a Caixa Econômica Federal financia. E, para os imóveis de maior valor, os bancos privados, como o Bradesco, o Itaú, o Santander, o HSBC e o Banco do Brasil também estão financiando. A Caixa, por exemplo, até baixou os juros e está incentivando o financiamento", finaliza.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Para gerar empregos, Lula anuncia construção de 500 mil unidades habitacionais

SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (3) que o governo pretende construir 500 mil unidades habitacionais, com o objetivo de gerar empregos e combater os efeitos da crise financeira internacional.

Em discurso realizado durante a inauguração de uma escola no Rio de Janeiro, o presidente afirmou que, em 10 dias, os ministros da Fazenda, das Cidades e a ministra-chefe da Casa Civil devem apresentar a ele um plano com esse objetivo.

"Daqui uns 10 dias, a Dilma Rousseff, o Guido Mantega e o Márrcio Fontes vão apresentar um plano para construirmos mais 500 mil casas neste país, além das casas que a Caixa econômica já constrói (...) Vamos fazer isso porque precisamos gerar empregos."

Mais moradia
De acordo com a Agência Brasil, o governo vai lançar nos próximos dias um conjunto de medidas para incentivar a construção civil. O plano seria apresentado na semana passada, mas foi adiado porque o presidente espera facilitar o acesso ao financiamento habitacional pelas famílias de baixa renda.

Ainda com o objetivo de diminuir o déficit habitacional, Lula afirmou ainda que terrenos e prédios desocupados da União, desde que estejam em bom estado, serão utilizados como moradia para a população carente.

Crédito imobiliário: mesmo sem projeções, Abecip aposta em crescimento para 2009

SÃO PAULO - O crescimento de 64,36% - de 2007 para 2008 - nas contratações de crédito imobiliário é resultado do hábito cada vez mais frequente entre os brasileiros de adquirir imóveis por meio do financiamento. A afirmação é do presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), Luiz Antonio França.

Baseado em números do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), França explicou que, enquanto em 2007 62,12% dos imóveis usados foram comprados à vista e apenas 29,95% foram por meio do financiamento bancário, esse número já mudou em 2008, quando 56,55% foram pagos à vista e 39,50% por meio do financiamento.

"Isso mostra que o financiamento bancário está sendo cada vez mais usado, tanto para imóveis novos, quanto para o mercado secundário. E apesar da carteira de crédito imobiliário ainda ser muito pequena no Brasil, temos muito potencial de crescimento".

2009
Sem fazer projeções para 2009, e afirmando que este é um ano muito difícil para qualquer estimativa, o presidente garantiu que vê potencial para um crescimento significativo do crédito nos próximos 12 meses. "Basta observarmos que, no final de 2008, o Brasil possuía 190 milhões de habitantes e apenas 58 milhões de domicílios. É uma diferença bastante significativa".

Outro fator que indicaria um provável crescimento do financiamento bancário é o fato de que, em 2009, muitas obras que foram iniciadas nos anos anteriores serão entregues. "Temos um número muito alto de obras que serão entregues, e é no momento em que recebe as chaves que o proprietário tem a opção de fazer o pagamento à vista ou financiar. Ou seja, devemos ter bastante gente optando pelo financiamento".

Quanto à dificuldade de se conseguir crédito bancário, França afirma que a situação não é diferente da de 2008.

"Sabemos que para algumas modalidades o crédito ficou mais caro e difícil de ser concedido, mas isso não aconteceu com o imobiliário. A Caixa Econômica Federal está com bons programas para concessão de crédito e alguns bancos privados também. Para se ter uma idéia, no último trimestre de 2008, com a crise já instaurada no País, a média mensal de financiamento foi de R$ 2,5 bilhões, bem em linha com as outras médias obtidas nesse mesmo ano, que foi um ano que até outubro apresentou grande crescimento econômico", finalizou.

SindusCon-SP: custos da construção civil aumentam 0,21% em janeiro

SÃO PAULO - Os preços da construção civil paulista revelaram alta de 0,21% em janeiro, frente a dezembro do ano passado, segundo dados divulgados na última segunda-feira (2) pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).

O CUB (Custo Unitário Básico) - que reflete a variação mensal das despesas do setor para utilização nos reajustes dos contratos da construção civil - atingiu 119,08 pontos no primeiro mês do ano.

Valor por metro quadrado
Em janeiro, o custo da construção civil paulista (R8-N) foi de R$ 827,62 por metro quadrado, sendo R$ 411,69 (49,74%) referentes à mão-de-obra e R$ 394,40 (47,65%) aos materiais. As despesas administrativas responderam por apenas R$ 21,53 (2,60%).

Em relação a dezembro, o CUB relativo à mão-de-obra não variou, mantendo os 117,68 pontos. Já o custo dos materiais aumentou 0,40%, chegando a 120,71 pontos, e o das despesas administrativas não variou pelo quinto mês consecutivo, continuando em 116,76 pontos.

Alta e baixa dos preços
Ainda na comparação mensal, o SindusCon-SP destaca os aumentos de 3,19% no metro cúbico da brita, de 2,79% no metro da placa de gesso para forros sem colocação e de 2,35% no metro cúbico da areia média lavada.

Entre as maiores quedas de preço do mês, está a do saco de cimento CPE-32 50quilos (-1,58%).